As lagartas são especialistas em se esconder. Durante o dia, preferem locais sombreados e seguros, como a parte inferior das folhas, troncos de árvores ou entre galhos densos. Esse comportamento ajuda a protegê-las de predadores naturais e também do calor intenso.

Se você costuma cuidar do jardim, preste atenção em plantas de folhagem densa e árvores frutíferas, pois são refúgios comuns. Uma inspeção visual cuidadosa pode prevenir tanto danos às plantas quanto acidentes com contato direto.

Apesar de seu tamanho pequeno, as lagartas podem causar grandes estragos. Elas são vorazes e se alimentam principalmente de folhas, destruindo rapidamente áreas significativas da planta. Isso compromete a fotossíntese, o que pode enfraquecer ou até matar a planta.

Culturas como tomateiros, alface e couve são alvos frequentes, assim como árvores ornamentais e frutíferas. Para quem cultiva em casa, identificar os primeiros sinais, como folhas rasgadas ou áreas murchas, é essencial para conter a infestação.

As lagartas podem representar perigo para humanos devido aos seus pelos urticantes, que liberam substâncias tóxicas quando tocados. O contato pode causar desde irritações leves na pele até reações mais graves, como alergias, inchaço, dor intensa e, em casos raros, complicações sistêmicas.

Espécies como a lagarta Lonomia obliqua, conhecida como "lagarta-do-fogo", são especialmente perigosas, pois sua toxina pode provocar hemorragias. Ao encontrar uma lagarta, evite tocá-la e procure orientação médica em caso de acidente.

O verão oferece condições ideais para as lagartas: temperaturas elevadas e umidade abundante favorecem sua reprodução e desenvolvimento. Além disso, o aumento de vegetação e flores cria um ambiente perfeito para sua proliferação.

Esse período também coincide com a maior atividade humana em áreas verdes, o que aumenta as chances de contato acidental. A prevenção, como o uso de luvas e roupas adequadas ao lidar com plantas, é fundamental.

Nem todas as lagartas representam risco, mas algumas características podem indicar perigo. Lagartas com pelos ou espinhos visíveis, colorações vibrantes ou padrões chamativos geralmente são mais tóxicas.

A Lonomia, por exemplo, é facilmente reconhecível por seus espinhos e coloração marrom-esverdeada. Já a lagarta Pararama, comum na região amazônica, é famosa por seus pelos urticantes. Identificar essas espécies ajuda a evitar acidentes.

O que fazer em caso de contato com lagartas?

Se você ou outra pessoa entrar em contato com uma lagarta, siga estas etapas:

Lave a área afetada: Use água corrente e sabão para remover os pelos ou toxinas.

Não esfregue: Evite pressionar ou coçar o local, pois isso pode espalhar as substâncias irritantes.

Aplique compressas frias: Isso ajuda a reduzir a dor e o inchaço.

Procure atendimento médico: Se os sintomas forem graves ou persistirem, como dificuldade para respirar ou dor intensa, busque ajuda imediata.

Medidas para prevenir acidentes com lagartas

A prevenção é a melhor estratégia contra acidentes com lagartas. Aqui estão algumas dicas:

Inspecione plantas regularmente: Remova ovos ou lagartas visíveis manualmente, usando luvas.

Use roupas adequadas: Sempre que manusear plantas ou trabalhar em áreas verdes, vista calças compridas e mangas longas.

Controle biológico: Predadores naturais, como aves e insetos, ajudam a manter a população de lagartas sob controle.

Educação ambiental: Ensine crianças e adultos a reconhecerem lagartas perigosas e como evitar o contato.

As lagartas são um componente natural e importante dos ecossistemas, mas exigem cuidado especial durante o verão. Ao conhecer seus hábitos, impactos e formas de prevenção, é possível proteger-se de acidentes e preservar a saúde das plantas. Com pequenas mudanças no cotidiano, você pode aproveitar a natureza com segurança e tranquilidade.