A obesidade infantil também é um ponto de preocupação. Crianças e adolescentes que convivem com o excesso de peso enfrentam riscos de desenvolver doenças crônicas desde cedo, como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares. Além disso, o impacto na saúde mental é significativo, com aumento de casos de depressão e ansiedade.

Segundo dados do Ministério da Saúde, programas de incentivo à alimentação escolar e à prática de atividades físicas são fundamentais para reverter esse cenário. No entanto, a falta de investimentos consistentes dificulta a implementação dessas políticas em larga escala.

Manaus tem tentado enfrentar o problema por meio de iniciativas locais, como a promoção de feiras de alimentos saudáveis e a ampliação de academias ao ar livre. No entanto, especialistas defendem que medidas mais abrangentes são necessárias, como subsídios para alimentos nutritivos e maior regulamentação sobre a publicidade de produtos ultraprocessados.

Outra solução apontada é o fortalecimento de programas de educação alimentar em escolas, que não apenas informam, mas também criam hábitos saudáveis desde a infância.

Embora o governo tenha um papel crucial, a responsabilidade pelo combate à obesidade é também compartilhada com a sociedade civil. Famílias, escolas e indivíduos precisam adotar práticas que priorizem uma alimentação equilibrada e a atividade física.

Pequenas mudanças no dia a dia, como a substituição de alimentos ultraprocessados por naturais, podem fazer grande diferença. Além disso, a conscientização sobre os malefícios do sedentarismo é essencial para combater essa epidemia silenciosa.

A batalha contra a obesidade

Manaus está no centro de uma crise que reflete um problema nacional. Com taxas crescentes de obesidade, é necessário adotar uma abordagem conjunta que envolva governo, sociedade e indivíduos. Somente com medidas estruturais, educação alimentar e incentivo à atividade física poderemos mudar esse cenário preocupante.

Com planejamento e colaboração, a capital amazonense pode reverter esses índices e se tornar um exemplo de superação na saúde pública.