O cateterismo umbilical é uma técnica amplamente utilizada em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) para fornecer acesso vascular em recém-nascidos.
Este procedimento permite a administração de medicamentos, fluidos, nutrição parenteral e monitoramento hemodinâmico com maior segurança e precisão.
Antes de realizar o cateterismo umbilical, é essencial conhecer a anatomia do cordão umbilical, que possui duas artérias e uma veia.
A veia é usada para cateterismo venoso umbilical (CVU) e as artérias para cateterismo arterial umbilical (CAU).
O ambiente deve ser estéril, com o recém-nascido posicionado adequadamente e o cordão umbilical devidamente preparado para reduzir o risco de infecções.
O cateterismo umbilical é indicado em situações críticas, como monitoramento contínuo de gases sanguíneos arteriais, administração de fluidos intravenosos em recém-nascidos com choque hipovolêmico, e suporte nutricional prolongado em neonatos prematuros extremos.
Além disso, é frequentemente utilizado para acesso de emergência em neonatos com falência respiratória ou necessidade de ressuscitação avançada.
O procedimento de cateterismo umbilical requer precisão para evitar complicações.
Após a preparação estéril, o cateter é inserido cuidadosamente na veia ou artéria umbilical até a posição desejada, confirmada por radiografia.
Durante o uso, a equipe de saúde deve monitorar sinais de infecção, deslocamento do cateter e alterações na perfusão, garantindo que o acesso permaneça seguro e funcional.
Embora eficaz, o cateterismo umbilical apresenta riscos como infecção, trombose, embolia aérea e necrose intestinal, especialmente se não forem seguidos protocolos rigorosos de manutenção.
O monitoramento contínuo e a retirada do cateter assim que clinicamente possível são medidas fundamentais para minimizar complicações e proteger a saúde do recém-nascido.
O cateterismo umbilical é uma ferramenta vital na UTIN, especialmente para cuidados neonatais avançados.
Contudo, sua indicação deve ser criteriosa, e o manejo deve seguir as melhores práticas para garantir segurança e eficácia.
A equipe de saúde deve estar devidamente treinada para realizar o procedimento e gerenciar possíveis complicações, assegurando o melhor prognóstico para o recém-nascido.