Em outubro, um estudo revelou que os preços da carne subiram consideravelmente em todo o Brasil.
A pesquisa apontou dois principais fatores para esse aumento: os efeitos das mudanças climáticas e a inflação econômica.
As mudanças climáticas têm alterado significativamente as condições de produção agropecuária:
Secas prolongadas: Reduzem a disponibilidade de pastagens e forragem, aumentando os custos com alimentação animal.
Chuvas irregulares: Afetam a produção de grãos como soja e milho, essenciais para a alimentação dos rebanhos, elevando os custos da ração.
Aumento de doenças no rebanho: Climas mais quentes favorecem a proliferação de pragas e doenças, gerando perdas para os pecuaristas.
Consequentemente, o custo de produção sobe, e os preços são repassados ao consumidor.
A inflação agrava o problema ao aumentar o custo de insumos e transporte:
Preços de combustíveis: Elevação no preço do diesel e da gasolina encarece o transporte da carne.
Custos de energia: Impactam diretamente as etapas de processamento e armazenamento do produto.
Valorização do dólar: Como o Brasil é um grande exportador de carne, o mercado interno sofre com a competição pelos produtos, que se tornam mais rentáveis no exterior.
Esses fatores tornam a carne ainda mais inacessível, especialmente para famílias de baixa renda.
O aumento no preço da carne leva a mudanças no comportamento dos consumidores:
Substituição por proteínas alternativas: Cresce a procura por frango, ovos, peixe e proteínas vegetais.
Redução do consumo de carne vermelha: Para ajustar o orçamento doméstico, muitas famílias consomem menos carne bovina.
O estudo sugere a necessidade de ações estruturais para conter a alta dos preços:
Investimento em tecnologia agropecuária: Promover práticas mais resilientes às mudanças climáticas.
Fortalecimento da economia: Reduzir pressões inflacionárias que afetam toda a cadeia produtiva.
Políticas públicas de incentivo: Apoiar pequenos produtores e garantir segurança alimentar para as populações mais vulneráveis.
A alta nos preços da carne em outubro reflete um cenário global e multifacetado.
Mudanças climáticas, inflação e pressões de mercado destacam a importância de repensar práticas agrícolas e econômicas.
A solução passa por inovação, regulação e sustentabilidade para garantir o acesso à alimentação de qualidade e o equilíbrio entre produção e consumo.